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Alergia a frutos do mar

Os chamados ‘frutos do mar' (camarão, lagosta, siri, lula, caranguejo, marisco, dentre outros) e os peixes desempenham um papel importante na saúde e nutrição humana. O crescimento internacional do produtos marinhos reflete a popularidade e alta frequência de seu consumo em vários países. Lamentavelmente, sua maior produção e consumo tem também levado no aumento da frequência de problemas de saúde - fundamentalmente alergias - entre os consumidores.


Nas comunidades e populações onde a alergia foi estudada, observa-se que a prevalência da alergia a produtos marinhos costuma ser maior quanto maior o seu consumo pela população em questão. Considera-se geralmente que os crustáceos (por exemplo camarão, lagosta, siri e caranguejo) e os peixes estejam entre os quatro grupo alimentares que mais provocam reações anafiláticas severas. De fato, em um estudo em que se analisaram as admissões por reações alimentares em unidades de emergência de hospitais norte-americanos, os crustáceos foram grupo mais frequentemente responsável pela reação em pessoas com idade superior a 6 anos.

Alguns estudos indicam que a alergia a peixes e frutos do mar estaria presente em 1,3% a 1,9% da população. E a alergia a peixes e crustáceos é comum não apenas no ocidente, como também em países asiáticos, em que é frequente e significativa tanto entre adultos como em crianças. No geral, a alergia a frutos do mar tende a persistir durante a vida toda.

Características clínicas

O padrão de sintomas alérgicos após a ingestão de frutos do mar é similar àquele que ocorre nas reações alérgicas à outros alimentos: a maioria das reações ocorre imediatamente e normalmente estas são comunicadas em um período de até 2 horas. Particularmente após a ingestão de crustáceos os sintomas podem ocorrer após minutos, e incluem coceiras, inchaço dos lábios, boca e faringe. No caso do camarão, a reação alérgica pode ser desencadeada após a realização de atividades físicas.

Reações cruzadas com outras fontes de alérgenos

Pessoas alérgicas a peixes e crustáceos frequentemente também afirmam serem alérgicas a ácaros e insetos. Acredita-se que estas ‘reações cruzadas', como são conhecidas, ocorram em função da semelhança de uma proteína presente em todos estes grupos, as chamadas tropomiosinas. Ou seja, mesmo uma pessoa que nunca consumiu frutos do mar poderia tornar-se alérgica a estes através do contato com outras fontes de tropomiosina, como por exemplo ácaros e alguns insetos (como, pasmem!, baratas) que possuem a tropomiosina semelhante à presente nos frutos marinhos.

Tratamento

Embora novas tecnologias e descobertas possam mudar este cenário em um futuro não tão distante, em geral o tratamento das alergias alimentares, incluindo as alergias aos alimentos marinhos, é baseada na exclusão do alimento da dieta. A necessidade de indicar a presença de componentes e ingredientes derivados de alimentos marinhos já é de fato obrigatória em alguns países como os Estados Unidos, Japão e Europa.

Cabe destacar que, no entanto, as regulamentações com relação aos rótulos ainda são de certa forma limitadas. Primeiro, embora já existam testes para a detecção da tropomiosina de crustáceos (a proteína responsável pela reação alérgica), ainda é possível que os consumidores tenham reações cruzadas em função da presença da tropomiosina de outros insetos e ácaros nos produtos (muito semelhante à tropomiosina dos crustáceos), a qual não seria detectada por tais testes. Além disso, pode haver contaminação dos produtos através do uso dos mesmos equipamentos nas linhas de produção que recebem outros ingredientes, os quais contém os alérgenos. Espera-se porém que com o desenvolvimento de testes mais específicos e sensíveis será possível detectar a presença dos alérgenos de forma mais segura.

Vale lembrar que aos que desconfiam ter uma alergia a frutos do mar ou outro alimento recomenda-se sempre procurar um profissional da saúde especialista que poderá fazer exames para determinar a presença (ou ausência) e natureza da alergia, bem como recomendar o tratamento adequado.

Fonte:http://www.vidasemglutenealergias.com





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